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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

"Não sei... só sei que foi assim!"

A previsão era de uma semana muito chuvosa. E o pior: de um sábado muito chuvoso.

Organizar uma festa ao ar livre tem como um dos itens a serem arranjados o fato que não esteja chovendo. Além de convites, doces, salgadinhos, bolo e decoração, temos como arranjar também o tempo?

Como diria o Chicó, em O Auto da Compadecida: "Não sei... só sei que foi assim!"

Quando o aplicativo da previsão do tempo que tenho no celular começou a mostrar a previsão para o sábado, sete dias antes da festa, a expectativa era de chuva de terça a sábado, com uma pausa na sexta-feira. Meu primeiro impulso foi pensar positivamente na festa: "não vai chover, e a festa vai ser um sucesso!

Perguntei para minha esposa: "e se chover?". Ela baixou a cabeça e não respondeu. Entendi seu silêncio.

Tínhamos ainda a chance de prorrogar a festa por uma semana, se necessário, mas isso seria bastante prejudicial para nós, uma vez que todos os convidados já tinham confirmado presença, produtos perecíveis já haviam sido comprados, e já tínhamos compromisso marcado para o sábado seguinte. A festa iria ser NAQUELE sábado.

No silêncio da minha esposa, me dei conta que ela também estava em um trabalho mental de positividade com relação ao sucesso da festa de nossa filha. A minha segunda ação mental foi cancelar dos pensamentos a palavra "não". Substituí o "não vai chover", por "vai ter tempo bom para a festa". Isso sim era positivo!. A partir daí, foi um trabalho de cultivo cuidadoso de um padrão de pensamento que vibrasse de tal forma que pudesse proporcionar "um tempo bom para a festa".

Segunda-feira: previsão para sábado: chuva. Padrão de pensamento: ainda faltam seis dias, o tempo vai mudar para um tempo bom. 

Terça-feira: previsão para sábado: chuva. Padrão de pensamento: assim que começar a chover, os dias chuvosos passam, e teremos tempo bom no sábado.

Quarta-feira: previsão para sábado: chuva com trovoadas. Padrão de pensamento (nessa altura já estava mais natural exercer a positividade): como hoje está chovendo, vai chover hoje e talvez amanhã, e haverá tempo bom no sábado.

Quinta-feira: previsão para sábado: chuva com trovoadas. Padrão de pensamento: o tempo vai mudar para um tempo bom (nesse dia confesso que dei uma boa fraquejada, precisei fazer força para manter a vibração positiva).

Sexta-feira: previsão para sábado: chuva das 7 às 11 da manhã, nublado no restante do dia, com chuva a partir da 18 horas. A festa seria das 15 às 18. Padrão de pensamento: muita gratidão, é isso que quero!

Sábado. Chegou o dia. Teria toda aquela energia mental empregada na ideia de uma festa com tempo bom surtido efeito? 

"Não sei... só sei que foi assim!"

Assim... uma ótima festa, com diversão, com crianças sorrindo felizes e pais compartilhando bons momentos com elas. E com nuvens. 

E sem chuva. Absolutamente sem chuva. Pelo menos até às 18:30, quando a chuva finalmente chegou, encerrando a festa. Uma chuva forte, de pingos grossos, mas sem vento ou trovões. Apenas uma chuva que veio para reunir o convidados que ainda lá estavam embaixo do toldo onde estava a mesa do bolo. Para que todos pudéssemos nos despedir com alegria, todos juntos. E logo a chuva passou. E fomos para casa.

Por vezes, a única coisa que está sob nosso controle é exatamente ter FÉ que as coisas encontrarão o melhor caminho. E essa fé precisa ser forte, como um DESEJO ARDENTE, com cores, aromas, sons, texturas e sabores. Exercido e repetido. 

O que estava sob nosso controle foi feito. Positivamente.

Quero com essa história dizer que se não tivesse feito esse esforço de positividade, a festa teria sido prejudicada?

"Não sei... só sei que foi assim!"


Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Meus pensamentos positivos não dão certo


Vivemos o tempo mais avançado da história da humanidade. Temos consciência de muitas coisas que há 100 anos não passariam de uma quimera. Temos muito mais informação. Temos mais competências profissionais. Temos especialistas para qualquer assunto, prontos para oferecer soluções. Avançamos, sim, mas... evoluímos?


Em tempos avançados como os atuais, fala-se da necessidade de paz,  de harmonia, de entendimento, de cooperação  e autoconhecimento, seja entre pessoas ou entre nações, Porem, quais têm sido os resultados efetivos? Bem, qualquer jornal traz essas respostas. E elas não parecem nada alinhadas com aquelas necessidades... pensando bem, a guerra, seja em sentidos literais ou metafóricos, sempre pareceu fazer parte da realidade humana. Será que ninguém está pensando positivo?

Então, qual a base lógica para que entendermos que sim, a paz é desejável, que positivamente se almeja a paz, e como consequência se obtém exatamente o contrário? Ou ainda, em nível pessoal, por mais que eu queira e pense positivamente, não alcance meus objetivos? Não é isso que é a fé religiosa, o conhecimento esotérico, as pesquisas neurocientíficas ou o próprio senso comum têm apregoado? Não é esse o "segredo"? Então, "porque não está dando certo?".

No clássico  Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes,  Stephen Covey nos desperta para a dupla criação de tudo. Para Covey, primeiro, as coisas são criadas na mente. No pensamento. E dá como exemplo um arquiteto, que planeja construir uma casa. Primeiro, toda a casa vai nascendo em sua mente, até virar uma planta. Depois disso, vem o trabalho de transformar esse pensamento em realidade no mundo físico, ou seja, a construção da casa, de suas paredes e telhado. Claro que se poderia construir a casa fisicamente sem que houvesse criação mental. Mas há que custo? Em que tempo? Com qual dispêndio de energia? Com que resultado?  Por outro lado, e a construção mental sem a construção física, levaria a ter como resultado a casa almejada? Bastaria pensar positivo para ter a casa no mundo físico?

Um pensamento positivo sobre a construção de uma casa é um padrão de pensamento. Ou seja, com esse padrão de pensamento, estão se reunindo requisitos para que a construção seja possível. A casa ainda não existe de fato, ela está "em algum lugar do Universo", mas a energia gerada pelo padrão de pensamento propício está também tornando propícia sua realização. 

Pensemos agora em uma semente de um girassol. Pequenina, de forma amendoada acizentada... Pergunto: existe um girassol dentro daquela semente?

E agora, chega de perguntas. Porque meu pensamento positivo não dá certo?

Porque talvez você acredite que haja um girassol dentro daquela semente. Mas não há.

O que existe dentro dessa semente é a vida latente, possível, de um girassol. Existe um padrão energético e orgânico que poderá vir a se tornar um girassol. Mas a única possibilidade desse padrão de vida se tornar efetivamente uma vida é se transformar em um girassol! Esse padrão, a semente de girassol, não poderá se transformar em uma margarida, por exemplo!

Assim é com os padrões de pensamento. Eles são essas sementes, que só podem gerar no mundo físico aquilo que contém neles mesmos, desde que encontrem, para combinar com seus padrões energéticos, padrões de pró-atividade que possibilitem sua criação. A semente de girassol tem que estar na terra, e na terra, tem que atrair água, para que, quimicamente, interaja com seus nutrientes e se transforme em um pequeno broto, que rompa a terra e que, por todos os seus dias, se erga em direção ao sol. Nossos padrões de pensamento, assim, são a primeira e necessária criação daquilo que almejamos. A energia gerada por esse padrão está buscando alocação em ações no mundo físico que possibilitem a segunda e definitiva criação, seja essa criação um objetivo profissional, um bem material, um novo comportamento ou um sentimento de plenitude.

Cuidemos com carinho de nossos padrões de pensamento. Saibamos como lidar com nossos medos e crenças limitantes para que não interfiram tanto nesses padrões. E tenhamos sabedoria para aceitar que, na prática, não podemos ter controle sobre tudo e sobre todos os resultados. Algumas coisas simplesmente não dependem de nós. Mas, ainda assim, naquilo que depende de nós, que demos condições ao Universo de transformar nossos girassóis em girassóis reais, a partir de sementes sadias. De gerar pensamentos positivos que energizarão ações concretas e pró-ativas para alcançarmos nossos objetivos e realizar nossos sonhos. 

Para que nossos pensamentos positivos deem certo.

Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A selfie interior

"Selfie".

A evolução do conceito de autorretrato fotográfico vem, por assim dizer, da própria evolução dos equipamentos de fotografia. Quando as máquinas fotográficas mais populares ainda dependiam de filme, o resultado de uma foto só seria possível após a revelação. Com o advento da fotografia digital, o resultado tornou-se automático, possibilitando a aventura de se tirarem autorretratos sem o medo de que o resultado não fosse satisfatório. Até porque, se fosse, poderia se fazer outra e outra selfie. O neologismo foi considerado a palavra do ano pelos responsáveis pelo dicionário Oxford, em 2013. Popularizou-se, e, atualmente, grande parte dos aparelhos celulares já vêm com câmera frontal para esse fim. Tirar uma foto de si mesmo.

Quando mergulhei nos processos e estudos de Coaching, a impressão que tive era que o autoconhecimento desencadeado pela dinâmica das sessões me fornecia uma verdadeira foto daquilo que estava em todos os lugares da minha alma. E, essa foto, quem estava tirando, era eu mesmo. Uma verdadeira "selfie interior". Sim, porque o Coaching preconiza a responsabilidade pessoal pelos resultados e metas. Não está baseado em visão de mundo de terceiros. Está baseado em reflexão própria, e daí, em ação pessoal.

Como qualquer foto, essa selfie interior traz bem nitidamente os lugares bem iluminados de nossa alma. E, também, como qualquer foto, pode não mostrar com nitidez os cantos mais escuros. O Coaching, sob essa ótica, é  capaz de equilibrar a luminosidade interna para que nossa selfie torne-se harmoniosa, com cores vivas, e capaz de inspirar o movimento em direção aos nossos maiores sonhos e objetivos. 

E essa selfie vai sendo tirada no dia-a-dia, através de reflexão e autofeedback. Trabalhando nossas limitações e fortalecendo nossas potencialidades, até que ela se torne a melhor versão de nós mesmos!

Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli