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domingo, 10 de fevereiro de 2019

O retorno de (todos) seus investimentos


Existe uma métrica financeira utilizada no meio corporativo, mais conhecida pelo acrônimo ROI. O Return On Investment (retorno sobre o investimento) é calculado a partir da receita da empresa, subtraindo os custos e, por fim, dividindo esse resultado pelos mesmos custos. Com isso, obtêm-se o índice ROI.

Esse índice transforma em um número toda uma cadeia de acontecimentos dentro dos processos de uma empresa. Apesar de parecer uma supersimplificação de uma série de fatores, termos a consciência de qual retorno estamos tendo de nossos investimentos, sejam eles financeiros ou não, vai totalmente ao encontro da célebre frase de Willian Edwards Deming, uma referência mundial da Administração moderna:  “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”.

Medir e gerenciar seus investimentos. Naturalmente, a primeira ideia que nos vem são investimentos financeiros, nossa vida financeira. E essa é uma boa dimensão para iniciarmos nossa reflexão sobre qual o ROI estamos obtendo na vida financeira. Qual retorno estamos tendo na relação entre o que ganhamos e o que gastamos? Vamos bem mais a fundo: qual tem sido o ROI de nossa vida financeira em termos de felicidade, plenitude e autorrealização?

Lembremos que durante todo o tempo de nossa vida estaremos investindo. Não é apenas dinheiro. Investimos nosso tempo em alguma atividade (ou inatividade), investimos nossos sentimentos, investimos nossa atenção, investimos nossa energia, investimos nossa saúde física, mental, espiritual. Enfim, o tempo todo estamos investindo nosso bem mais precioso. NOSSA VIDA!
E qual tem sido o retorno desse riquíssimo investimento?

Qual tem sido o ROI em nossa saúde física? Estamos satisfeitos com seus resultados? Os investimentos estão sendo bem realizados? Qual retorno estamos tendo em nossos relacionamentos? Estamos investindo o suficiente e o essencial para que eles rendam bons frutos? Qual tem sido o retorno obtido dos lugares que frequentamos, das coisas que lemos, que assistimos, que nos envolvemos?

Temos tido ganhos nos nossos investimentos emocionais? Estamos tirando proveito daquilo onde estamos focando nossa atenção? Estão esses investimentos correndo o risco de trazer ganhos rápidos hoje com grandes perdas amanhã?

De todas essas reflexões, você com você mesmo, construa seu  ROI de investimentos pessoais. Qual é o seu “perfil de investidor”? Em qual dimensão da vida terás melhores resultados trabalhando de modo mais conservador? Onde precisa ser mais moderado? Onde precisas ser mais arrojado para desfrutar melhor seus investimentos?

Obter um retorno desejável daquilo em que investimos é questão de sustentabilidade, em todas as dimensões da vida. Se alguma dessas dimensões não se sustentar, todas as outras correm perigo de “falir”. E a falência financeira é apenas uma das falências que nossa vida pode ter que enfrentar.
Que nossa vida traga os melhores rendimentos a partir daquilo em que investimos.

Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli