Existe uma métrica financeira
utilizada no meio corporativo, mais conhecida pelo acrônimo ROI. O Return On Investment (retorno sobre o
investimento) é calculado a partir da receita da empresa, subtraindo os custos
e, por fim, dividindo esse resultado pelos mesmos custos. Com isso, obtêm-se o
índice ROI.
Esse índice transforma em um
número toda uma cadeia de acontecimentos dentro dos processos de uma empresa.
Apesar de parecer uma supersimplificação de uma série de fatores, termos a
consciência de qual retorno estamos tendo de nossos investimentos, sejam eles
financeiros ou não, vai totalmente ao encontro da célebre frase de Willian
Edwards Deming, uma referência mundial da Administração moderna: “o que não pode ser medido, não pode ser
gerenciado”.
Medir e gerenciar seus
investimentos. Naturalmente, a primeira ideia que nos vem são investimentos
financeiros, nossa vida financeira. E essa é uma boa dimensão para iniciarmos
nossa reflexão sobre qual o ROI estamos obtendo na vida financeira. Qual
retorno estamos tendo na relação entre o que ganhamos e o que gastamos? Vamos
bem mais a fundo: qual tem sido o ROI de nossa vida financeira em termos de
felicidade, plenitude e autorrealização?
Lembremos que durante todo o
tempo de nossa vida estaremos investindo. Não é apenas dinheiro. Investimos
nosso tempo em alguma atividade (ou inatividade), investimos nossos sentimentos,
investimos nossa atenção, investimos nossa energia, investimos nossa saúde
física, mental, espiritual. Enfim, o tempo todo estamos investindo nosso bem
mais precioso. NOSSA VIDA!
E qual tem sido o retorno desse
riquíssimo investimento?
Qual tem sido o ROI em nossa
saúde física? Estamos satisfeitos com seus resultados? Os investimentos estão
sendo bem realizados? Qual retorno estamos tendo em nossos relacionamentos?
Estamos investindo o suficiente e o essencial para que eles rendam bons frutos?
Qual tem sido o retorno obtido dos lugares que frequentamos, das coisas que
lemos, que assistimos, que nos envolvemos?
Temos tido ganhos nos nossos
investimentos emocionais? Estamos tirando proveito daquilo onde estamos focando
nossa atenção? Estão esses investimentos correndo o risco de trazer ganhos
rápidos hoje com grandes perdas amanhã?
De todas essas reflexões, você
com você mesmo, construa seu ROI de
investimentos pessoais. Qual é o seu “perfil de investidor”? Em qual dimensão
da vida terás melhores resultados trabalhando de modo mais conservador? Onde
precisa ser mais moderado? Onde precisas ser mais arrojado para desfrutar melhor
seus investimentos?
Obter um retorno desejável
daquilo em que investimos é questão de sustentabilidade, em todas as dimensões
da vida. Se alguma dessas dimensões não se sustentar, todas as outras correm
perigo de “falir”. E a falência financeira é apenas uma das falências que nossa
vida pode ter que enfrentar.
Que nossa vida traga os melhores
rendimentos a partir daquilo em que investimos.
Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli