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quarta-feira, 13 de março de 2019

A Curva S dos nossos projetos


Imaginemos o início de um projeto qualquer: um novo emprego, um novo relacionamento, a aquisição de um grande bem, qualquer coisa. Saibam que, a todo momento, esse projeto pode ser graficamente  apresentado a partir da chamada Curva S.












A base do S é o início do projeto. Ele costuma ter desenvolvimento lento, na mesma proporção em que nosso aprendizado vai se construindo ao longo do tempo. A evolução que começará a apontar o desenho do S para cima terá início a partir do momento em que sistematizações começarem a funcionar, de modo que o aprendizado começa a ser mais prático, intuitivo e rápido. Essa linha em ascensão, inevitavelmente, chegará a um platô de evolução onde não mais apontará para cima, mas sim, cada vez mais para a direita. É o momento em que já há muito se superou a fase do aprendizado, que já não há mais para onde subir ou melhorar, e já podemos nos considerar  vivenciadores avançados naquele contexto.

Quando nos encontramos na ponta extrema superior do S, existem três possibilidades:


1)      Plantar-se nesse contexto sem criar novas perspectivas. O famoso “em time que está ganhando, não se mexe”. Mas, pensando bem, temos controle sobre a forma que os times que até então estavam perdendo para nós vão jogar amanhã? Deixando tudo como está, estamos sendo responsáveis pela manutenção do sucesso de nossos projetos, ou apenas contando com a sorte?

2)      Ver o topo, o fim do S como um precipício sem fim. Sentir no coração uma ponta de frustração ao perceber que se chegou ao topo, e que não há mais para onde subir. À beira da escuridão de um precipício o qual escalamos com força e vontade genuínas, alguns de nós podem ficar contemplando o vazio indefinidamente. Outros podem, em um momento de desespero, se atirar no nada. E outros podem aproveitar o momento para ir ao próximo nível de seus projetos, sonhos e objetivos.

3)      Iniciar uma nova curva S! Elevar os padrões! “Subir a régua”!  Quando nos sentimos em um platô de evolução, nada nos impede de o utilizarmos como uma base para um salto que nos levará ao ponto inicial de um novo S em nossa vida, passando novamente pelos estágios de lento aprendizado, evolução e manutenção do status quo.



A mudança que tanto esperamos não precisa necessariamente ser de emprego, de pessoas, de recursos financeiros ou de possibilidades. A mudança mais importante de todas é quando percebemos que paramos de evoluir, e decidimos retomar nossa evolução elevando nossos padrões começando de novo de um patamar mais alto, de forma consciente e responsável.


E assim, indefinidamente podemos seguir nos elevando ao longo da vida. O aprendizado de hoje é o elemento essencial para o avanço de amanhã. Vamos empilhando Ss ao longo do tempo. E que cada um deles seja o guardião de uma história inspiradora a quem nos perguntar como anda nossa vida.

Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli