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sábado, 6 de abril de 2019

“Eu tenho que” ou “eu escolho”?


O que define a maturidade de uma pessoa, em termos psicológicos? Acredito que não seja a idade, nem as experiências, e nem ao menos a capacidade prática de se lidar com a própria realidade a partir do seu ângulo de visão, mas sim, entendo que a maturidade é atingida quando assumimos 100% a responsabilidade sobre nossas vidas.

Assumir essa responsabilidade é questão de exercício, e cada pessoa levará o seu próprio tempo para chegar ao estágio máximo dessa consciência. Muitos entre nós, inclusive, não conseguirão chegar a essa conclusão em seu tempo de vida.

Lembremos que existem ocorrências que temos controle direto, realidades que podemos criar, outras que podemos alcançar um controle indireto, e outras que absolutamente não teremos controle nenhum. Mesmo assim, a ilusão de que podemos exercer controle sobre tudo, ao contrário de parecer libertadora, é uma verdadeira prisão de grades feitas de ansiedade e angústia. Em outras palavras, os contextos os quais seremos personagens nem sempre serão de nossa preferência.

Nesses momentos, somos levados a “ter que” agir como se fôssemos escravos de nós mesmos. “Preciso acordar muito cedo porque tenho que trabalhar”. “Preciso trabalhar porque tenho que pagar minhas contas”.  “Tenho que me esforçar mais do que os outros porque meus pais não me deram estudo”.  “Tenho que parecer feliz para que as pessoas gostem de mim.” “Tenho que fazer dieta porque não me sinto bem com meu corpo”.

É muito provável que o contexto em que você está não esteja sobre seu controle, mesmo. É muito provável que esteja fora do seu controle ter um emprego estável sem ter que acordar cedo. Que o trabalho formal seja, de imediato, uma forma mais segura de pagar as contas. Que sua infância tenha sido bem mais carente do que a de outras pessoas do seu círculo social. Que, com tudo isso, a atenção ao seu corpo físico tenha ficado em segundo plano.

São exemplos de contextos que não temos muito controle. Você não é necessariamente responsável por esses contextos.

Então, o que você “tem que fazer”?

NADA. Absolutamente, você não “tem que” fazer NADA!

O segredo está naquilo que você ESCOLHE fazer nesses contextos. Como escolhe se comportar, e como escolhe agir. “Eu escolho acordar cedo para trabalhar, de livre e espontânea vontade, pois escolho ter mais liberdade e tranquilidade para pagar minhas contas”. “Eu escolho me aprimorar nos meu tempo disponível porque isso é parte do caminho para meus sonhos”. Eu escolho manter os melhores níveis de relacionamento com as pessoas, para meu próprio bem-estar”. “Eu escolho ter carinho com meu corpo físico, pois ele é o templo onde residem todas as minhas aspirações e potencialidades”.

No fundo, tudo o que fazemos, pensamos e sentimos são nossas escolhas.  Ser consciente de que somos 100% responsáveis por elas é primordial para deixar de enganar a si mesmo e seguir evoluindo.

Encerro com os ensinamentos de Sun Tzu, que no clássico “A Arte da Guerra” nos ensina: “A água escolhe o seu percurso de acordo com o terreno que atravessa. O guerreiro busca a vitória de acordo com o inimigo que enfrenta”.

Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli