A viagem iniciou, e você já percebe que o motorista dirige rápido. Dá freadas bruscas e guinadas inesperadas. De repente, pela janela, você não reconhece o caminho, e percebe que está indo para o lado oposto de onde gostaria de chegar.
O que você faz?
Vai conversar com o motorista e ver o que está acontecendo?
Se sua resposta for não, você está conformado com a situação. Tudo bem. É seu direito.
Se sua resposta for sim, você ultrapassou os limites de seu conformismo. Também é seu direito.
Em nossas vidas, a situação é semelhante.
Muitas e muitas pessoas sentem um grande anseio de serem melhores, de terem empregos melhores, relacionamentos melhores, controles emocionais e espirituais melhores e, contudo, estão conformadas com o que está acontecendo. Um primeiro passo nessas direções parece tão difícil. Assim, a possibilidade de sermos versões melhores de nós mesmo não passará mesmo de uma possibilidade.
A primeira ação que acontece quando decidimos nos mover em direção aos nossos sonhos e metas é quebrar o padrão do conformismo, dos reflexos condicionados, dos hábitos nocivos e das crenças limitantes. Só, então, o movimento inicial é possível. Em parte das vezes, a própria vida nos coloca em situações extremas em que o conformismo com o todo. precisa ser quebrado. Em outra parte, pessoas passam pela existência e morrem cercadas pelos muros do conformismo, sem nunca terem sabido o que havia lá fora. E, em outra parte, as pessoas resolvem assumir a responsabilidade de seu primeiro passo deliberadamente. Para essas pessoas, um processo de Coaching costuma ser um divisor de águas na busca por suas metas.
Viver pelos nossos sonhos não precisa significar viver livre de responsabilidades. Ao contrário, significa ser livre para que as responsabilidades realmente valham a pena. E veja que se trata de viver pelos sonhos, não necessariamente alcançá-los. Viver pelos sonhos é buscar alcançar resultados positivos de maneira que preencha nossa existência com plenitude de propósito. Resultados pessoais e profissionais. Se possível, ao mesmo tempo.
Para tanto, é necessário saber aonde se quer chegar. Ajustar os planos nessa direção, e realizar as mudanças necessárias. E seguir fazendo mudanças dentro dessas mudanças, sempre que assim for preciso.
Por muitas vezes, nossas expectativas não parecem realísticas, e tendemos a abandonar nossos sonhos e metas. Porém, mesmo se a expectativa não parecer realista, o desejo é real, e muito. O movimento inicial para corrigirmos nossa rota na direção esperada é exatamente termos a coragem de aceitar que o desejo de chegar lá existe sim, sem necessariamente saber como alcançar seu objetivo.
Quando se está parado, não há obstáculos, apenas conformismo. Quando se quebra a barreira do conformismo, a paisagem muda, e, com isso, obstáculos aparecerão. Esses obstáculos nada mais são do que tijolos que formam as paredes desse conformismo. Assim que superados, virão outros e outros, exatamente para que novas paredes não comecem outra vez a nos oprimir. O movimento se tornará constante. E nos tornaremos cada vez mais hábeis nesse movimento de expansão de nossos horizontes.
Assim, deixamos de ser o passageiro do ônibus que não sabe para onde vai. Pedimos licença ao motorista (ou aos motoristas) que estão guiando (sabe-se lá para onde) e assumimos o volante.
Você não precisa pagar passagem na viagem de sua vida.
Esse lugar é seu por direito.
Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli