O ambiente profissional é um dos principais
contextos onde demonstrações de habilidades da Inteligência Emocional podem
transparecer. Pode não bastar apenas que haja conhecimento técnico sobre o trabalho.
Para o desenvolvimento de ambos, empresa e profissional, tão importante quanto
a prática laboral, é também preciso
saber relacionar-se com as pessoas ao redor, e também consigo mesmo. Ninguém trabalha sozinho. No mínimo, você precisara ter um cliente.
Os questionamentos acerca da
suficiência dos famosos testes de QI que ocorreram em meados nos anos 80 foram
os primeiros indícios que a grande variedade das habilidades cognitivas humanas
poderia estar limitando em muito o nosso conceito de inteligência. Nesse
compasso, cientistas como Howard Gardner, Peter Salovey, Joseph Ledoux e Daniel
Goleman, entre muitos outros, desenvolveram hipóteses sobre a inteligência
humana, onde não necessariamente o conhecimento em si, mas sim a capacidade de
se resolverem problemas era o foco principal. Essa capacidade de resolução de
problemas, em virtude das estruturas cerebrais, dependia das memórias
armazenadas daquela conjuntura do problema, as quais geravam um estado emocional,
ou seja, cada situação gera uma emoção antes mesmo de nos darmos conta. Como lidar com essa situação e com as
emoções envolvidas culminou com o conceito de Inteligência Emocional.
Nosso cérebro possui três níveis, por assim dizer:
neocórtex (parte consciente e reflexiva), sistema límbico (emocional) e
cérebro primitivo, o qual basicamente tem as funções dos comandos “lutar ou
fugir”. A qualidade de nossa própria comunicação
com nossa realidade faz com que tenhamos, proporcionalmente, a mesma qualidade
de comunicação com nossas emoções, comunicação essa que pode nos limitar ou
potencializar como pessoa e como profissional.
Em um ambiente de trabalho, cada
pessoa traz suas necessidades, que interagem com as necessidades de todas as
outras pessoas ao redor, além das necessidades da própria empresa. Nesse
cenário, não é de se estranhar que conflitos interpessoais possam acontecer,
uma vez que o trabalho por si só pode significar primordialmente a necessidade de sobrevivência. Assim, nada
difere uma reunião de trabalho em uma sofisticada sala climatizada do 20º. andar, de um grupo de caçadores pré-históricos unidos tentando derrubar um mamute: para ambos os grupos, é a sobrevivência que está
em jogo, e o “lutar ou fugir” mais primitivo pode ser acionado a qualquer
momento. Leve-se em consideração necessidades mais sofisticadas, como as de autoestima ou de autorrealização profissional e o grau da Inteligência Emocional precisará também sofisticar-se, afim de se evitarem os "sequestros emocionais".
Um ambiente de trabalho emocionalmente inteligente proporciona um cenário favorável ao pleno exercício não apenas emocional, mas também cognitivo, tornando possível o aumento da produtividade e do próprio desenvolvimento profissional. Contudo, é importante lembrar que uma empresa é formada por pessoas, pessoas essas que, ao qualificarem sua intra e intercomunicação a partir da autoconsciência de suas emoções, capacitam-se para não entrar nas estatísticas de Peter Drucker, um dos grandes mestres da Administração moderna, que atestou que "as pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”
Um ambiente de trabalho emocionalmente inteligente proporciona um cenário favorável ao pleno exercício não apenas emocional, mas também cognitivo, tornando possível o aumento da produtividade e do próprio desenvolvimento profissional. Contudo, é importante lembrar que uma empresa é formada por pessoas, pessoas essas que, ao qualificarem sua intra e intercomunicação a partir da autoconsciência de suas emoções, capacitam-se para não entrar nas estatísticas de Peter Drucker, um dos grandes mestres da Administração moderna, que atestou que "as pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”
Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli