“A
quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias
emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram
construídos sobre a infraestrutura da revolução digital. Estamos no limiar da
era pós-digital."
Com
essas palavras, Klaus Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial, nos
remete a uma perspectiva de futuro que já pode ser visto no horizonte: os novos
sistemas citados passam por conceitos de minimização das necessidades de
interação física, como, por exemplo, o já comum conceito wireless (sem fio). Um próximo
passo que também já vivenciamos é o conceito do paperless (sem papel), já presente em
muitas atividades. Avançamos para a prática do touchless (sem toques), onde robôs
importarão e farão leitura de dados em tempo real. E não precisamos pensar em robôs humanoides. Serão robôs do tamanho do processador de um computador.
E
veja-se que esses conceitos não são meras previsões: já são o amanhecer do presente.
Em um
mundo onde robôs estão cada vez mais presentes nas atividades profissionais,
onde a inteligência artificial consegue realizar todo e qualquer trabalho que
apresente um mesmo padrão, qual será o cenário do mercado profissional para nossos
filhos?
Orgulhar-se
de que os pequenos são exímios usuários de nossos celulares é o bastante?
Absurda, e absolutamente, não.
Estima-se que, nos próximos 30 anos, parte significativa das habilidades mais desejadas no mundo profissional ainda nem são conhecidas. Nesse cenário, a criatividade humana mostra-se como o grande trunfo para o futuro. Habilidades
tipicamente humanas como o autoconhecimento, gestão de emoções, resiliência,
influência, flexibilidade cognitiva, poder de negociação e principalmente empatia serão os grandes desencadeadores de talentos em um mundo onde o padrão será totalmente robotizado. O grande diferencial do ser humano
será exatamente ser humano. É imperioso tornar habitual às crianças de
hoje momentos de aprendizagem e vivência que proporcionem o desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais, de modo a fortalecer sua curiosidade natural e sua construção potencializadora de significados.
"O
futuro do emprego será feito por vagas que não existem”, diz o CEO do
Greenpeace David Ritter.
Dizem a
nós, pais, para “pensarmos fora da caixa”. Acredito que todos nós nascemos
“fora da caixa” e, aos poucos, vamos ficando cada vez mais limitados em termos
de criatividade, por uma série de razões. Para nossos filhos, pensemos em formas de evitarmos que
“desaprendam” o mínimo possível.
Que
proporcionemos um grande repertório de conhecimentos e possibilidades aos nossos
filhos. Que nossa casa seja um centro de estímulos de criatividade, desenvolvimento emocional e, principalmente, humanidade.
Que não apenas nos limitemos a responder os seus “porquês”. Que os geremos cada vez mais!
Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli
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