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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Pés no Chão


Estar com os pés no chão pode significar viver na segurança de sua própria lógica de planejamento, nos limites daquilo que se entende por "realidade". Mas o que é real? Os fatos em si ou nossa interpretação deles? Que "chão" é esse?


Estar com os pés no chão pode ser estar sobre sólido suporte, em terreno firme, conhecido. Mesmo assim, como reconhecer de fato a firmeza de um terreno? "É" firme, ou "acreditamos" que é firme? Conhecemos esse terreno, ou acreditamos que conhecemos?

Estar com os pés no chão é comportamento comparado com a humildade. Serão esses pés humildes voluntários em aceitar sua condição de estarem no chão, ou pobres, descalços, e sentindo o frio da escassez imposta pela própria falta de perspectivas?

Estar com os pés no chão pode ser sinônimo de criar raízes. Serão essas raízes a estabilidade necessária para os duros dias de tempestades, ou verdadeiras âncoras que impedem que alcemos voo?

Qual o peso das responsabilidades sobre nossos ombros, pressionando nossos pés contra o chão? É excessivo, a ponto de fazer-nos menores do que somos por estarmos sendo praticamente enterrados no solo, ou tão leve que sejamos tal qual uma pluma sem direção ao sabor do vento?

O chão que sustenta nossos pés hoje pode não ser o mesmo amanhã. Nossos pés podem não ser os mesmos amanhã. O mundo pode não ser o mesmo amanhã. 

Seja em escala micro ou macroscópica, o movimento é a única constante no Universo. Estar com os pés no chão também é, inevitavelmente, estar indo em alguma direção.

Os teus "pés no chão" estão te levando para onde?


Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli


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