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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O paradoxo do queijo suíço

Certa vez, em algum lugar, em algum momento da minha vida, li esse paradoxo, o qual nunca esqueci. Sempre que o citava para alguém, era para descontração. Até que, outro dia,  dei-me conta da profundidade que aquela aparente brincadeira trazia em si:

"Um queijo suíço tem buracos
quanto mais queijo, mais buracos
cada buraco ocupa um lugar onde deveria haver queijo
quanto mais buracos, menos queijo
então
                                                                               quanto mais queijo, menos queijo!".

Com esse paradoxo em mente, refleti: o que em nossa vida vem tendo a mesma funcionalidade do "quanto mais, menos"? Quais são os comportamentos que não conseguimos mudar, e que sabemos que só nos causam mais e mais espaços vazios? No que abusamos ou nos excedemos, para logo descobrirmos que estávamos indo em direção ao "nada"? Quantas de nossas atitudes "sins" estão carregadas de sentimentos "nãos"? Quais os excessos que cometemos que, no final das contas, nos deixam com a sensação de "menos" do que de "mais"?

Haverá em nossa vida hábitos que, embora bem intencionados, foram mal administrados e acabaram virando sorrateiros e corrosivos vícios?

Ao contrário do queijo suíço, nós temos escolha de não cultivarmos tantos espaços vazios. Precisamos olhar para nós mesmos e descobrir maneiras de fazer o máximo com o mínimo que tivermos. Nesse contexto, a máxima "menos é mais" cabe muito bem, desde que o sentimento de plenitude ocupe com harmonia os espaços incompletos de nossa existência.


Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli


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