Tão importante quanto conhecermos nossos pontos fortes é
conhecermos nossos pontos a desenvolver. Até porque são os nossos pontos mais frágeis
que delimitam até onde podemos chegar.
Nossa tendência é focarmos apenas em ampliar nossas forças, sem prestarmos
atenção que, ao desenvolvermos nossas forças singulares, precisamos também
ampliar o lastro para crescimento do campo onde residem características que temos
como restrições. Por exemplo, qual é a utilidade de cobrirmos uma casa com o
telhado mais caro se o alicerce está a ponto de ceder? Como sustentar um padrão
de vida mais caro do que é possível financeiramente? De que adianta termos conhecimentos que não são praticados quando mais precisamos deles? De que serve termos uma inteligência exemplar se não
arranjamos canais para colocá-la em prática?
Naturalmente, conhecer nossas forças singulares é o
combustível espiritual para chegamos onde queremos. Por forças singulares,
entendamos como aquilo que, para cada um de nós, é tão simples de fazer a ponto
de nem ser percebido como força. São aquelas características únicas que as
pessoas ao nosso redor costumam dizer que, quando as empregamos, realizamos
muito bem, ou seja, são nossas forças e características próprias, normalmente
aquelas pelas quais somos lembrados. O que precisamos manter também sob nosso
foco são nossas restrições, aquilo que temos de limitado para alcançar ou fazer
o que queremos, e aí, podemos encontrar restrições de tempo, de dinheiro, de
conhecimento, de saúde, de padrões cognitivos, e tantas outras. Querendo ou não,
são apenas dentro da restrição desses limites que nossas forças podem se
movimentar.
Convido à reflexão se, quando alcançamos algum objetivo,
estamos mesmo alcançando novos patamares de nossas forças singulares, ou se
estamos mesmo ampliando o terreno restritivo, dando mais espaço para nossas
capacidades se pronunciarem.
Estamos no ápice de nossas forças, ou superando nossas
limitações?
Aquilo que nos torna seres únicos são nossos pontos de força
e de restrição. Reconheçamos tanto os aspectos de força quanto nossos limites.
Saibamos olhar sem medo tanto para nossa luz como para nossas sombras.
Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli
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