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sábado, 22 de abril de 2017

Para começar, respire.


Na minha formação em Coaching, um dos aprendizados foi respirar. Ou melhor, lembrar que eu respirava.


A respiração é um dos aspectos visíveis da inteligência de nosso próprio corpo e que, apesar disso, está ligada a aspectos não visíveis, que ocorrem em nível celular. Se tivéssemos que ordenar a cada célula para que realizasse seu trabalho, e se tivéssemos que lembrar a cada momento que temos que respirar para nos mantermos vivos, um lapso de alguns minutos já seria fatal.

Aprendi algumas técnicas básicas de meditação para centrar-me no momento presente, no assim chamado aqui e agora. Apesar de técnicas bastante simples, que envolvem não mais do que a atenção em sua própria ação de inspiração e expiração, o resultado desses minutos de atenção plena a minha respiração tem um grande poder de me colocar em meu eixo comportamental e emocional em momentos de necessidade.

Sinceramente, a palavra "meditação" costumava me soar esotérica demais para minha realidade de atribulações do dia-a-dia. Remetia-me a pessoas desligadas do mundo real, sentadas em posição de flor de lótus e rodeadas de incensos e imagens de deuses não muito familiares. Ainda assim, admirava as pessoas que me contavam o quanto alcançavam equilíbrio espiritual com a prática.

Indo mais a fundo, descobri que a prática de meditação está presente nos ambientes mais diversificados, e que está mais ligada ao dia-a-dia do que eu supunha. Até mesmo em ambientes corporativos, técnicas de meditação estão sendo estimuladas entre os funcionários e colaboradores.  Atualmente, mais citada como mindfulness, essas técnicas não são mais do que os mesmos exercícios de atenção à própria respiração, com a finalidade de equilíbrio emocional e estado de presença pleno única e exclusivamente naquele momento.

Aprendi que tal prática não precisa necessariamente durar horas, nem mesmo ser feita apenas uma vez por dia. Ela pode ser de apenas alguns minutos, ou até mesmo de alguns segundos, os quais podem ocorrer na sua própria mesa de trabalho, no sofá de sua casa, dentro de um ônibus lotado, ou onde e quando desejar conectar-se com o que há de mais verdadeiro e concreto na realidade: que o que de fatos temos é apenas esse momento. Apenas essa centelha do presente.

A você, querido leitor ou querida leitora, venho te lembrar que você também respira. Que teu coração bate. Que tuas células trabalham 24 horas por dia sem parar. E tudo isso, quem determina, é a inteligência do teu ser. Inteligência, essa, que no desvão das horas e dos dias, acabamos esquecendo que existe e, com isso, perdemos oportunidades de estarmos despertos à oxigenação de nosso cérebro e de uma profunda conexão com nosso próprio eu.


Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli

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