No meio administrativo que estuda
o comportamento organizacional, cada vez mais se torna comum a expressão
“Gestão por Competências”, referindo-se à identificação de perfis profissionais
que sejam capazes de se entranhar da forma mais natural possível ao ambiente
corporativo, gerando, assim, o melhor retorno sobre o investimento da
contratação de alguém. Para essa gestão, o acrônimo C.H.A., criado por David
McClelland, vem, ao longo dos anos, sendo bastante utilizado, significando
Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.
A necessidade do funcionamento
orgânico de um profissional em uma empresa de forma mais rápida fez com que
esse acrônimo evoluísse de C.H.A. para C.H.A.V.E., o qual, atende agora por
Conhecimentos, Habilidades, Atitudes, Valores e Entorno.
Vamos brevemente descrevê-los:
C, de Conhecimentos: é o saber intelectual, é aquilo que foi adquirido
através do estudo. Aqui se inclui todo o
conhecimento acadêmico, os cursos, os livros lidos e as palestras assistidas;
H, de Habilidades: é o saber
fazer, a experiência prática, fatores que a exposição e a lida proporcionaram
ao profissional. Refere-se às tentativas e erros, e o aprendizado proveniente
disso. É nosso conhecimento aplicado,
como o uso de ferramentas, idiomas, inteligência emocional, entre outras.
A, de Atitudes: é o comportamento
propriamente dito, o “querer fazer” e o modo com que o profissional se
relaciona com seus conhecimentos e habilidades e seu entorno. É a disposição de
fazer acontecer, de tomar decisões, de ser protagonista, de avançar ou recuar;
Ao C.H.A., atualmente se somam:
V, de Valores: são os “porquês”,
os propósitos e as crenças do profissional. Do alinhamento pessoal desse item
com os valores da empresa pode emergir uma comunhão benéfica e duradoura. Por
outro lado, o descompasso nesse item fragilizará a relação a tal ponto que haja
rompimento assim que uma das partes não mais conseguir tolerar indiferença ou
agressão ao que lhe é fundamental;
E, de Entorno: é o ambiente, o
espaço físico e psicológico, as condições necessárias de tempo e espaço que
propiciam, mesmo que temporariamente, a melhor performance possível. Refere-se a entender o momento e as
circunstâncias em que se está inserido.
Para as organizações, uma
contratação não baseada em competências pode acarretar em um alto custo de
tempo e dinheiro. Para o profissional, não ser capaz de entender sua C.H.A.V.E.
e poder mensurar seus pontos fortes e de melhoria pode, igualmente, significar frustração de
expectativas e instabilidade na perspectiva de carreira e na vida almejada.
Muitos alicerces de conceitos
como liderança, gestão de pessoas, empregabilidade e recursos humanos vêm sendo
rapidamente desconstruídos e remontados. Cabe a cada um de nós conhecermo-nos
cada vez mais para acompanhar as novas tendências naquilo que se espera de um
profissional de excelência e, igualmente, do que um profissional de excelência
espera de uma organização.
Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli
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