Quem já se permitiu passar por um processo de Coaching, ou quem em breve passará, já conheceu ou vai conhecer uma das ferramentas clássicas desse processo transformador: a Roda da Vida. Nela, cada um de nós consegue enxergar sua vida de uma forma inédita, única, de modo gráfico. Com essa ferramenta, identificamos quais dimensões de nossa vida estão firmemente se sustentando, quais estão sustentando outras, e quais absolutamente estão em um momento insustentável.
"Sustentabilidade" é uma palavra que vem entrando em nosso vocabulário de forma cada vez mais intensa. Antes de um modismo, precisamos perceber que apenas o que é sustentável de fato persiste ao longo dos anos. E com a Roda da Vida, torna-se vertiginosamente claro quais são os pontos sustentáveis ou não de nosso momento existencial, e com qual intensidade convivemos com cada um desses pontos.
Se podemos considerar nossa vida financeira sustentável, ao preço de que nossa saúde emocional não esteja, qual poderá ser o resultado disso? Se minha saúde física vive abalada por doenças de origem emocional, o que poderemos esperar colher em alguns anos? Se sustento meu lazer e diversão à base da insustentabilidade de minha vida financeira, qual é a minha perspectiva? Se meu relacionamento com colegas de trabalho e vizinhos é excelente, mas minha relação com meu cônjuge é insustentável, o que posso esperar de minha vida?
Somos seres orgânicos, não apenas nas relações entre nossos órgãos e suas funções vitais, mas também nas diferentes áreas de nossa vida. Imaginemos uma pessoa que tem um excelente par de rins, um coração bastante saudável, um cérebro que nunca dá "dores de cabeça", contudo, tem seus pulmões comprometidos e acaba vindo a óbito com isso. Lá se foi, junto com a insustentabilidade dos pulmões, toda a sustentabilidade do coração, rins e cérebro. Assim somos também em nossas dimensões da vida. Esteja uma dimensão aquém de conseguir sustentar-se e todo o conjunto dessa bela obra chamada VIDA estará comprometido, seja em qualidade, seja em existência.
Costumamos ouvir seguidamente que nascemos para sermos felizes, e isso é fato. A questão é que não podemos perder de vista que essa felicidade precisa necessariamente ser sustentável e não momentânea, a fim de não comprometer o girar contínuo e seguro da Roda de nossa Vida.
Que o novo ano que vem se anunciando nos inspire à sustentabilidade e integração em todas as áreas de nossa vida e que, cada um de nós no seu tempo, faça do equilíbrio o ponto de partida para as ações que nos trarão a felicidade. Não a momentânea, mas a construída para durar o maior tempo possível.
Grato pela confiança,
Marcelo Pelissioli